4 de julho de 2010

dentro das superfícies que refletem


A esmo

Transporta-me para um universo paralelo
Meu reflexo nas superfícies
Onde ajo de forma onírica.
Não me reconheço,
Pois faço tudo o que quero.
Nessa (ir)realidade
Não são as pipas que me fazem olhar o céu.


Vejo nos lugares por onde passo todas as histórias.
No canto desafinado do trem
Ouço vozes tristes e alegres,
Saudosas do momento que passou,
Ansiosas para matar a saudade.


No coração do centro da cidade
Vi um homem com uma mala aos pés
Queimando em mãos as páginas de um livro.
Seria aquela cena a destruição de um registro
De algo que para trás ficou,
Quiçá de um futuro premeditado?


Cosmos (ir)real
Dentro das minhas pupilas.
Meu relógio interno,
Como é lento!
Um minuto às vezes passa como uma hora,
E nesses sessenta segundos
Quanta coisa já me ocorreu...


Se quiser adentrar neste meu mundo,
Saiba que não é particular!
Vem, anda comigo a esmo
Perdendo em cada vereda o olhar.
Quem sabe quando passarmos por um longo túnel
Com iluminação tênue e dourada,
Haverá uma breve parada
Onde juntos entraremos noutra dimensão,
Aquela mesma do começo,
Onde meu reflexo não reconheço.


M.Chris.S - 03.07.2010

Um comentário:

  1. Olááá mocinha ... que graça de blog, de expressividade e emoção ... gostei muito das suas palavras, das suas imagens, cores e desenhos .... tomei a liberdade de colocar uma imagem do seu blog junto de uma poesia de cecília que coloquei no meu blog ... logicamente que mensiono lá o link da fonte da imagem ... tdo bem?
    aproveito pra deixar aki o meu blog ... se gostar venha compartilhar ...
    abraços :*
    Cléo

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